Quando falamos em saúde pública muitas vezes a discussão fica apenas restrita ao atendimento ambulatorial e hospitalar. Duas questões não podem ser esquecidas: o atendimento através do Programa Saúde da Família (operacionalizado através da implantação de equipes multiprofissionais em unidades básicas de saúde) e o saneamento básico (coleta e tratamento de esgoto e distribuição de água).
A implantação do Programa Saúde da Família é de fundamental importância já que as equipes atuam com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes, e na manutenção da saúde da comunidade onde estão inseridas. Infelizmente, apesar dos entraves jurídicos sanados o PSF não foi implantado em Campos.
O orçamento do município para o próximo ano é de R$ 2.195.709.484,87. Mesmo com o orçamento bilionário foram cortados quase 12 milhões da saúde para o ano de 2012. Enquanto isso a população sofre com a falta de medicamentos básicos na farmácia municipal, hospitais e unidades que precisam de ampliação além da rede conveniada que tem verbas reduzidas e com constantes atrasos nos repasses.
A situação do saneamento em nosso país ainda deixa muito a desejar principalmente no que se refere à coleta e tratamento do esgoto, apenas 44,5% da população brasileira está conectada a uma rede de esgotos. A coleta e tratamento de esgoto e a distribuição de água é feita por empresas privadas e públicas (estaduais ou municipais).Em Campos 88% da população tem acesso à rede de água, 43% tem o esgoto coletado, só 31% desse esgoto é tratado e o serviço é prestado por uma empresa privada.
A situação da saúde precisa ser tratada de uma maneira republicana, democrática tanto pelo executivo quanto pelo legislativo. Quando a bancada de oposição faz denúncias e também propostas de resolução dos problemas, o faz com um único propósito: o bem estar de TODA a população. É esse o papel de um vereador seja de situação ou de oposição e também de um prefeito, que não pode se fechar em feudos, mas procurar as melhores alternativas para o município. Para isso fomos eleitos.
*Artigo publicado no jornal Folha da Manhã de 25 de novembro de 2011.
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