Durante o Império Romano, as lutas de gladiadores, corridas e encenações, serviram para desviar a atenção da população. Dentre todas essas interpretações, a mais aceita é a chamada "política do pão e circo" . Por essa política, o Estado buscava promover os espetáculos como um meio de manter os plebeus afastados da política e das questões sociais. Era uma maneira de manipular a plebe e mantê-la distante das decisões governamentais. Os Césares encarregavam-se ao mesmo tempo de alimentar o povo e de distraí-lo.
Os espetáculos foram a grande diversão para a desocupação dos seus súditos, e por conseqüência o seguro instrumento do seu absolutismo. Isso era um obstáculo a Revolução onde as massas de homens desocupados com o auxílio da assistência pública dispensava de procurar trabalho.Por fim,seguiam um ritual de comportamento e sabiam que se não o seguissem seriam punidos. Essa história nos remete,infelizmente, a situações cotidianas em nosso município.
A estratégia do Governo Municipal, neste ano eleitoral, é exatamente esta:organizou um calendário de inaugurações e entrega de casas populares e lançou um pacote de obras para manter o povo distraído e dar-lhes a sensação de que tudo está caminhando para a mais perfeita ordem.
Também não foi por acaso que as obras do CEPOP-Centro de Eventos Populares Osório Peixoto-só serão concluídas neste ano eleitoral,cuja promessa é a de abrigar grandes eventos culturais e o carnaval fora de época do município.
O custo desta política foi enorme, causando elevação de impostos e sufocando a economia do Império.Por aqui já estamos pagando um preço bem alto por apostas feitas nas promessas de mudança de um governo que não mostrou a que veio. Os Cesares não deixavam a plebe romana bocejar nem de fome nem de aborrecimento . Por aqui, a idéia dessa política está chegando ao fim já que o que não nos falta é fome e aborrecimentos. .
Artigo de Eduardo Peixoto, presidente do PT Campos, publicado no jornal Folha da Manhã de hoje
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