A Confederação Nacional
dos Trabalhadores da Educação, da qual já fui diretora, convocou uma greve
nacional de três dias que se encerra hoje.
As principais reivindicações são: a ampliação do investimento em educação para 10% do
Produto Interno Bruto (PIB), ao longo da próxima década, e exigir a aprovação
do novo Plano Nacional de Educação; a garantia do cumprimento imediato e
integral da lei federal nº 11.738, que vincula o piso salarial profissional
nacional à carreira do magistério; a implementação da gestão democrática em
todas as escolas e os sistemas de ensino; impedir a terceirização das funções
escolares, sobretudo daquelas desempenhadas pelos funcionários da educação e assegurar
outras pautas locais da educação e de seus trabalhadores.
Hoje 17
estados brasileiros não pagam o piso nacional anunciado pelo Ministério da
Educação que é de 1.451,00 e não cumprem a jornada extraclasse definida na Lei
11.738.
É
inadmissível que um país que tem conquistado importantes avanços econômicos
como o Brasil (hoje já é a 6ª economia do mundo) ainda pague tão mal a seus
professores e demais profissionais da educação.
Hoje as
empresas exigem cada dia mais qualificação profissional de seus trabalhadores e
contraditoriamente na ponta da formação- a educação básica- os profissionais
são mal remunerados. É importante que a carreira do magistério volte a ser
atrativa para os jovens e sem um bom salário e plano de carreira isso não é
possível.
A qualidade
da educação não depende exclusivamente dos salários, no entanto sem bons
salários não é possível melhoras os atuais índices de qualidade.
Em
Campos, além da pauta nacional os profissionais reivindicam também que escolas
não sejam fechadas, o que vem acontecendo principalmente com as escolas rurais. Escola não é empresa e não pode ser gerida sob
a lógica da quantidade, do que dá lucro ou prejuízo.
O piso é lei e deve ser cumprido e não questionado pelos
governos municipais e estaduais. Piso, carreira e 10% do PIB no Plano Nacional
de educação!
Artigo da vereadora Odisséia publicado na Folha da Manhã de hoje.
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