O professor Eduardo Peixoto , presidente do PT em Campos,em entrevista ao jornalista Aluysio Abreu Barbosa em seu blog Opiniões diz que a forma como o Deputado Anthony Matheus vem agindo na questão da luta pelos royalties mais desagrega e afasta que constrói uma proposta.
“Garotinho não vai ganhar essa discussão da partilha dos royalties no grito. Muito pelo contrário, sua atitude isolacionista e desagregadora, que repete a mesma que ele e Rosinha mantiveram quando governadores, só tende a piorar a situação”. A opinião é do professor Eduardo Peixoto, presidente municipal do PT, partido do ex-presidente Lula e da atual, Dilma Rousseff, atacados frontalmente nos discursos do casal Garotinho, no ato público de ontem, na Cinelândia, no Rio.
Eduardo afirmou não ter dúvida que foi o mau uso dos recursos do petróleo, inclusive em Campos, “em escândalos sucessivos e de repercussão nacional”, aliado às descobertas de novas jazidas de petróleo no Pré-Sal, o principal responsável pelo interesse dos estados não produtores pelos royalties, não a vontade do então presidente Lula em eleger Dilma, como acusou ontem a prefeita Rosinha:
— Muito pelo contrário, quando Lula sentiu que a pressão dos estados não produtores seria avassaladora no Congresso Nacional, até pela imensa maioria destes, ele usou seu poder do veto. E se contrariou o interesse da maioria, por óbvio, não agiu com motivo eleitoral. Levar essa discussão para o plano político, além de ser absolutamente infrutífero, é baixaria — alfinetou Eduardo.
O presidente do PT, no entanto, concorda com o senador fluminense do seu partido, Lindenbergh Farias, que ontem, em Brasília, cobrou de Dilma o papel de liderança na discussão, não apenas sobre o petróleo, mas em relação à questão federativa:
— Desde a eleição (presidencial de 2010), nós ainda não tivemos um debate nacional; esse é o primeiro. Mas sou da mesma opinião do Lindenbergh, no sentido de que a presidente tem que ser o fiel da balança da discussão. Tenho certeza de que vai fazê-lo, assim que voltar de sua viagem ao exterior, ainda esta semana. Até porque, caso contrário, estará cometendo um erro grave. Agora, concordo também que o debate não pode se ater somente ao petróleo, devendo ser ampliado à necessidade de leis mais claras sobre o pacto federativo, sobre a nossa idéia de nação e da construção do próprio Estado brasileiro — pregou Eduardo.
Ainda em relação ao ato público do casal Garotinho, ontem, no Rio, com promessa de reedição em Brasília, o presidente petista ressalvou que a tendência natural de quem se recusa a participar de uma negociação, quando esta se consuma, é de ficar sempre com a pior parte. “Claro que se estados e municípios produtores sairem perdendo ao final das negociações políticas, haverá sempre a possibilidade de se recorrer juridicamente, mas só um tolo não vê que o mais importante agora, no lugar de acusar e berrar, é se sentar à mesa para conversar”.
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