sexta-feira, 15 de junho de 2012

Reflexão sobre desrespeito aos idosos


Hoje é o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa e é preciso refletir sobre a situação em que se encontram nossos idosos. Em três décadas a expectativa de vida do brasileiro subiu onze anos e hoje chegou a 73,5 anos, de acordo com Tábua Completa de Mortalidade divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada em dezembro do ano passado.

Os “dez mandamentos” contra os abusos e maus tratos aos idosos são: dignidade, ação imediata (quando detectar sinais de ferimentos sofridos pelos idosos, por abuso e negligência),
personalizar o seu ambiente, responder ao desejo de satisfazer as necessidades de saúde dos idosos, a boa qualidade da alimentação, respeitar a privacidade dos idosos, promover a manutenção ou a recuperação do máximo de autonomia dos idosos, auxílio de cuidadores e familiares (para facilitar a mobilização, higiene e limpeza nos idosos),envolver as famílias no cuidado e na tomada de decisão compartilhada e a inclusão social.

Sabemos que não é fácil para as famílias proporcionar todos os cuidados necessários para o bem-estar dos idosos, já que para que as condições ideais sejam mantidas além de boa vontade é preciso disponibilizar recursos financeiros. Fraldas descartáveis são caras, manter cuidadores em caso de idosos acamados também, além do gasto com medicamentos e alimentação adequada.

O Programa de Assistência Domiciliar (PAD) é fundamental para que os idosos tenham assistência adequada, mas infelizmente as queixas da população são muitas. Recebo em meu gabinete pessoas desesperadas, pois não conseguem que o familiar seja incluído no programa, mesmo parcialmente. Nem mesmo o serviço de fisioterapia é oferecido com facilidade, muito menos o acompanhamento de cuidadores e técnicos de enfermagem.

Além do atendimento domiciliar, no caso de pacientes com mobilidade reduzida ou acamados, é preciso que os medicamentos básicos não faltem na farmácia municipal e também o fornecimento de fraldas geriátricas seja regularizado. Muitas vezes ao procurar o fraldário os parentes são informados de que não há fraldas ou que só há de um tamanho, obrigando as famílias a gastarem na compra das mesmas e a idas semanais ao local.

Precisamos ter clareza que cuidar bem dos idosos é tarefa de todos e não apenas das famílias e que violência não é só agressão física, mas negligência e falta de assistência também. O poder público deve ser cobrado a fazer sua parte.


Artigo da Vereadora Odisséia.

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