Nossa
cidade com quase quatro séculos de história e dona de imenso patrimônio
cultural material e imaterial assiste sua história morrer com o a sentença
assinada pelo poder público municipal.
O tradicional
pavilhão de regatas da Beira-Rio que recebia convidados na época áurea do remo
e também servia como palanque durante os desfiles de Carnaval foi posto
abaixo sem dó nem piedade pela prefeitura.
A
antiga Casa Terra na Rua Carlos de Lacerda desabou depois de anos de abandono,
o mesmo destino de outros prédios do Centro Antigo que sem uma política que
trate do patrimônio histórico vão sucumbir à ação inexorável do tempo.
A
prefeita parece desconhecer o verdadeiro sentido do termo tombamento que
é “ o ato de reconhecimento do
valor cultural de um bem, que o transforma em patrimônio oficial e institui
regime jurídico especial de propriedade, levando em conta sua função social. Um
bem cultural é "tombado" quando passa a figurar na relação de bens
culturais que tiveram sua importância histórica, artística ou cultural
reconhecida por algum órgão que tem essa atribuição.” Tombar para a Srª
Rosângela Matheus é sinônimo de por abaixo, de derrubar.
Não podemos assistir passivamente o
sepultamento de nossa história, se não
cuidarmos o mesmo acontecerá não apenas com os casarões do centro mas também
com os solares, capelas e igrejas espalhados por todo município.
Revitalização do centro da cidade não é apenas
fazer a retirada de todos os postes, remodelação das ruas e calçadas
e construção de redes elétricas subterrâneas como anunciou a prefeita com pompa
e circunstância no começo desse mês. O que adianta um centro histórico com
fiação subterrânea e sem seus prédios preservados? A frágil estrutura dos
casarões resistirá à trepidação dos bate-estacas?
Como tem acontecido em muitas obras da PMCG o
carro parece andar na frente dos bois. Pobre cidade rica, tão maltratada por
quem deveria cuidar e protegê-la.
Cuidemos
da nossa “Campos Formosa” que como
exalta a letra do nosso hino “Nada
iguala os teus dons, os teus primores/Val de delícias, o teu céu azul/Minha
terra natal ninho de amores/Urna de encantos, pérola do sul.”
Artigo da vereadora Odisséia
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