“Não
somos palhaços, mas estão querendo nos fazer de palhaços.” Com narizes
vermelhos servidores públicos se manifestaram na última quarta-feira em frente
ao centro administrativo da Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes,
antigo CESEC.
O
protesto foi pelo reajuste anunciado pela prefeita Rosângela Matheus, ridículos
5,1% abaixo do concedido por outras prefeituras da região. A prefeitura
bilionária trata mal seus servidores, muito mal. Além de perseguição, prática
comum nesse governo, os funcionários públicos foram surpreendidos com esse
reajuste muito abaixo do esperado.
Apesar
da pressão de muitos diretores, indicados já que não há eleição nas escolas, os
profissionais da educação aderiram em massa à paralisação de 24h convocada pelo
Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação e mais de 80% das escolas não
funcionaram.
A
Srª. Rosângela, quando governadora, foi responsável por um dos maiores arrochos
salariais da história do funcionalismo público do Rio de Janeiro, criou o nefasto
Programa Nova Escola, além de mecanismos para, na prática, impedir que os
funcionários usufruíssem de direitos como a Licença Especial, a não ser às
vésperas da aposentadoria.
Na
época triênios, mudanças de nível por tempo de serviço e enquadramento por
formação deixaram de ser pagos no prazo e se arrastavam por anos. Tratar mal o
funcionário público faz parte da cartilha cor de rosa, não é de hoje.
Municípios
vizinhos como São João da Barra e Quissamã deram reajustes quase três vezes
maiores que a prefeitura de Campos, o que só aumentou o descontentamento dos
funcionários públicos.
A
cidade agoniza na péssima gestão da prefeita, as questões ligadas ao
funcionalismo público são apenas parte dos muitos problemas de nosso município.
Postos de saúde sem médicos, medicamentos básicos que faltam, compra de remédio
com preços muito acima do mercado se comparados com os mesmos produtos
comprados por órgãos públicos estaduais e federais (em alguns casos a diferença
chegou a 600%), farra do REDA, obras com indícios de superfaturamento, falta de
vagas em hospitais com pacientes nos corredores... Como diz o velho ditado:
“Não há boa terra sem bom lavrador.”.
Artigo publicado na Folha da Manhã de hoje.
Artigo publicado na Folha da Manhã de hoje.
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