O público e o privado ,de tanto serem
confundidos pelo clientelismo,pelo
nepotismo e pela omissão de quem deveria defender sua eterna separação,não se
reconhecem mais como diferentes.A nível nacional,um exemplo atual do público
entendido como privado são as relações entre os representantes do povo e um dos maiores bicheiros do país.
Nos blogs
de nossa cidade,fotos mostram a relação
da representante do Executivo com o dono de uma das maiores empreiteiras que
presta serviços à prefeitura.O que há de imoral nisso?Talvez nada,mas o Deputado
Federal e marido da prefeita não aprova essas relações de jeito nenhum!Para
ele,desde o momento em que um gestor
público se encontra em festas particulares com empresários que prestam serviço
a estes,com certeza há algo de podre no ar.E agora?O que dirá o deputado
–prefeito se,também ele, estava presente nessa festinha?Para uma pessoa que
confunde amizade com subserviência,discordância de ideias com traição,que fala
muito mas ouve pouco,que parte do princípio de que há coisas que não lhe podem
ser questionadas,deve ser muito difícil responder a esta pergunta.Mas nós
podemos respondê-la.Podemos porque não fazemos parte do bando que o adula.
Confundir o público com o privado é o
mais imperdoável dos erros cometidos pelo mau gestor.Desse erro nasce a
corrupção que impede que os remédios cheguem aos doentes,impede que as crianças
recebam a melhor educação,que a população seja bem atendida.Há urgência em se
ensinar e se aprender a respeitar o público e o privado.Mantendo cada um em seu
devido lugar.Sem confundi-los,sem relacioná-los.Devem ser mantidos longe um do
outro, separados por uma barreira intransponível.
Há urgência em refletirmos sobre tudo
isso e, mais que tudo,precisamos nos posicionar diante desses fatos que nos
dizem respeito sim,sem medos,sem acovardamento,sem omissão.
Por isso quando nos perguntarem o que
achamos dessa confusão entre o público e o privado devemos responder sem vacilar:É
imoral.
Artigo do professor Eduardo Peixoto, presidente do Pt de Campos, publicado na Folha da manhã de ontem.
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