Foto Carlos Grevi- site Ururau
Em
quatro meses, os cidadãos campistas estão enfrentando a terceira greve do
transporte público em Campos. No último dia 16 os estudantes de escolas
públicas liderados pela FEC, Federação dos Estudantes de Campos fizeram mais
uma manifestação em defesa do passe-livre.
Nas
duas situações de impasse, a greve e a manifestação dos estudantes, a corda
estoura do lado mais fraco. A população fica sem ônibus, os estudantes sem
direito ao passe-livre e os trabalhadores sem salários.
Há
mais de um mês, no início de março, foi assinado um TAC (Termo de Ajustamento
de Conduta) na Procuradoria do Trabalho de Campos para que alguns dos problemas
no setor fossem discutidos e que se chegasse a uma solução.
As
empresas acusam a PMCG de não repassar os recursos do programa Cartão Cidadão,
a prefeitura acusa as empresas por suspeita de fraude, e os trabalhadores se
queixam de falta de salários e outros direitos trabalhistas.
Pelo
TAC assinado ficou acordado que a municipalidade, repassaria os valores
mensalmente, com exceção dos valores questionados pela PMCG e bloqueados
judicialmente, que as empresas deveriam pagar seus trabalhadores rigorosamente
em dia bem como regularizar o passivo trabalhista e que o representante dos
trabalhadores deveriam repassar as informações à categoria.
Em
abril, o impasse novamente de estabelece e quem paga é a população, a postura
da prefeitura foi apenas de solicitar que os trabalhadores garantissem que 30%
da frota iria circular durante a greve. Se há desconfiança quanto ao repasse que
se conclua a auditoria e que se tomem as medidas necessárias, no entanto, a
população não pode ficar refém dessa queda de braço entre as empresas e a
prefeitura.
Quando
estava a caminho da Câmara na terça-feira pude ver mais de cem pessoas
aguardando vans em longas filas. Os denunciam estudantes que estão tendo que
pagar passagem porque não há ônibus suficientes e no horário que entram e saem
das escolas as empresas colocam micro-ônibus. Sem falar no péssimo estado de alguns coletivos
e o não cumprimento dos horários. Quem é que vai pagar por isso? Até agora só a
população de Campos.
Artigo da vereadora Odisséia publicado na Folha da Manhã de hoje.
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