quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Nem tudo que reluz é ouro

Campos é um dos principais centros políticos do estado do Rio de Janeiro,a maior cidade do interior fluminense e a décima maior do interior do Brasil.Tem um orçamento de mais de dois bilhões por ano. Tem todas as condições para figurar entre as melhores cidades para se viver.

Tem,mas não é.
Campos ocupa a 54ª posição dos 92 municípios, no IDH Estadual, tem quase 10% de sua população vivendo com uma renda per capta de menos de R$70,00.São 50 mil pessoas que não conseguem ter o básico para sobreviver.Na quarta-feira da semana passada, o Secretário da SEASDH-Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos-Rodrigo Neves, representando o Governo do Estado, esteve no município para oferecer a estas pessoas a oportunidade de saírem da linha da miséria e alcançarem o mínimo de dignidade. Apresentou o Projeto Renda Melhor e Renda Melhor Jovem. Mas foi desdenhado pela prefeita que fez pouco caso da ajuda oferecida.Como sempre,com sua arrogância, se distancia dos Governos Federal e Estadual.
Com o quinto maior orçamento do país,Campos obteve a penúltima colocação na avaliação do Ideb,nota 3,2 para a educação pública.No CAGED,o município não figura entre as 50 cidades que mais empregam.No índice Firjan de Desenvolvimento Municipal(IFDM),não está entre os 100 municípios que mais se desenvolvem.No quesito saneamento básico,entre as 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes,com todos os recursos dos royalties,Campos caiu do 51º para o 56º lugar.
Apesar da cidade ter virado um canteiro de obras e a prefeita alardear para os quatro cantos que Campos está no caminho certo,atenção:Nem tudo que reluz é ouro!


Artigo do professor Eduardo Peixoto publicado no dia 30 de janeiro no jornal Folha da Manhã.

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