É inegável a contribuição dos programas de transferência de renda para a redução da
desigualdade bem como seu impacto sobre a pobreza.
Nos últimos anos 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta e 36 milhões entraram
na classe média, no entanto cerca de 16 milhões de pessoas ainda permanecem na pobreza
extrema. Esses brasileiros não conseguiram nem mesmo inscrever-se em programas sociais
como o Bolsa Família. Para isso o Governo Federal criou o Plano Brasil Sem Miséria com
estratégia diferenciada para encontrar esses brasileiros no campo e na cidade.
Nos países desenvolvidos os programas de transferência de renda foram e ainda são importantes
instrumentos para erradicar a pobreza e garantir acesso ao mínimo necessário para que os seus
cidadãos possam viver com dignidade.
Erra quem pensa que esses programas poderiam ser limitadores do desenvolvimento do país
e de que “viciariam” essas pessoas que seriam sempre dependentes dos governos. Nada mais
falso, o aumento do acesso dos mais pobres à universidade comprovam o contrário, bem como o
crescimento do número de empregos formais e o crescimento da classe C.
O governo do Rio de Janeiro lançou o Programa Renda Melhor e o Renda Melhor Jovem como
parte do Plano de Erradicação da Pobreza Extrema no Rio de Janeiro e tem como objetivo
assistir com benefício financeiro as famílias que são integrantes do Programa Bolsa Família, do
Governo Federal e que tem a per capta inferior 70 reais.
O plano está integrado à estratégia do Brasil Sem Miséria, que tem como meta a superação
da pobreza extrema . Em São João da Barra, o Renda Melhor vai contemplar cerca de 1200
famílias, aproximadamente cinco mil pessoas. Em Campos o programa irá atender 15.200
famílias, cerca de 50 mil pessoas.
O Renda Melhor Jovem é uma poupança-escola que pode chegar até R$3100, para os jovens
das famílias beneficiadas do Renda Melhor que têm entre 15 e 17 anos de idade e estão
matriculados no Ensino Médio.
Saudamos a iniciativa que vem contribuir para uma sociedade com menos desigualdade e
esperamos que o governo municipal de Campos abrace de maneira republicana os projetos, sem
partidarizar a questão como fez no lançamento na UENF.
Artigo Publicado na Folha da Manhã de hoje.
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