quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Cabral lança Renda Melhor em São João da Barra e em Campos programa é lançado pelo Secretário Rodrigo Neves

O Governador Sérgio Cabral em São João da Barra
O Secretário Rodrigo Neves em Campos

Danielle Rabello e Renata Sequeira ASCOM da SEASDH


O Governo do Estado lançou, nesta quarta-feira, dia 25, os programas Renda Melhor e Renda Melhor Jovem, componentes do Plano Rio Sem Miséria, nos municípios de São João da Barra e Campos, no Norte Fluminense. Em São João da Barra, o Renda Melhor vai contemplar cerca de 1200 famílias, aproximadamente cinco mil pessoas, com um investimento de R$ 98.255, por mês. Em Campos o programa irá atender 15.200 famílias, cerca de 50 mil pessoas, investindo R$ 1.308.415 por mês.


“O programa busca dar apoio à população mais pobre. Por mais que o governo gere oportunidades de emprego, precisamos desenvolver políticas públicas para resgatar essas pessoas. Precisamos resgatar o vínculo, pois essas pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza estão à margem das possibilidades que as cidades como São João da Barra oferecem. Essas famílias precisam do apoio do Estado, senão elas não conseguirão sair dessa situação de vulnerabilidade”, afirmou o governador Sérgio Cabral, durante a solenidade em São João da Barra.



As famílias atendidas pelo Renda Melhor vão receber um benefício que varia entre R$30 e R$300. Já o Renda Melhor Jovem é uma poupança-escola que pode chegar até R$3100, para os jovens das famílias beneficiadas do Renda Melhor que têm entre 15 e 17 anos de idade e estão matriculados no Ensino Médio. Em São João da Barra o programa vai contemplar 162 estudantes e em Campos 1.903 alunos.



“O plano Rio Sem Miséria está integrado à estratégia do Brasil Sem Miséria, que tem como meta a superação da pobreza extrema. A região Norte do Estado tem índices elevados de pobreza extrema por conta do esvaziamento econômico observado nos últimos anos, mas por outro lado tem um cenário de oportunidades, com grandes investimentos, como o Complexo do Açu. O Renda Melhor, um dos componentes do Rio Sem Miséria, é a transferência de renda para a sobrevivência das famílias e, ao mesmo tempo, a qualificação para a inclusão produtiva e no mercado de trabalho, mudando o padrão de desenvolvimento da região”, destacou o secretário Rodrigo Neves.



Uma das famílias contempladas é da Maria Rosângela Barreto, moradora da Praia do Açu, em São João da Barra. Ela tem cinco filhos, quatro moram com ela. O atual marido está desempregado e eles se sustentam com o que ganham do Bolsa Família. A vida de Maria ainda é mais difícil por ter que cuidar de um filho, de nove anos, que é especial.



“A gente cria com dificuldade e falta muita coisa. Eu achei muito bom receber mais esse dinheiro porque, para falar a verdade, eu não tenho nada novo em casa. O meu marido aumentou a nossa casa, que só tinha três cômodos: cozinha, quarto e banheiro Com o benefício do Renda Melhor vamos continuar a obra e construir mais um quarto para a minha filha menor, de três anos. Também penso em comprar material para a escola, porque a época já está chegando”, explicou Maria.



Moradora do bairro Goytacazes, em Campos, a passadeira Maria da Penha Machado, de 44 anos, que tem dez filhos entre 23 e 4 anos, também será beneficiada pelo Rio Sem Miséria. Somando o que ganha passando roupa e os R$ 230 do Bolsa Família, ela sustenta os filhos com cerca de um salário mínimo.



“Estou separada do pai das crianças e ele me ajuda com cesta básica. Se você tem dez filhos tem que saber controlar a comida. Lá em casa só faço almoço, à noite comemos uma sopa ou um arroz com leite. Fazendo assim, 5Kg de arroz dão para uma semana. Verdura eu consigo pegar no sacolão, o problema são legumes e frutas que sempre acabam faltando. Roupa a gente ganha, ou vai comprando aos pouquinhos, quando dá. Com o Renda Melhor vou poder botar piso na minha casa para melhorar a saúde dos meus filhos, que tem bronquite e, quem sabe, comprar alguns móveis para substituir os que perdi na enchente em 2006”, contou Maria da Penha.



Os dois municípios também serão contemplados com os outros dois componentes do Rio Sem Miséria: o Acompanhamento Familiar e a Gestão de Oportunidades Econômicas e Sociais (GOES).



“Esse programa é uma a integração entre os três entes federativos, não só para garantir uma renda básica para a sobrevivência digna das famílias, mas, sobretudo para reduzir a defasagem idade-série, a repetência e a evasão escolar dos jovens dessas famílias. E com o objetivo de promover a inclusão produtiva, porque sem dúvida alguma, enfrentar o determinante da educação é muito importante, porque muitas das vezes isso contribui para manutenção da pobreza. Eu tenho certeza que Campos será uma experiência bem sucedida no sentido de cumprir as metas do Brasil Sem Miséria”, finalizou Rodrigo Neves, que representou o governador na solenidade em Campos.

Comentário do Blog: A nota dissonante foi a postura nada republicana da prefeita de Campos, Rosângela Matheus, que de maneira irônica e deselegante tentou partidarizar a cerimônia e reclamou a "paternidade" dos programas de transferência de renda no país para seu marido Anthony Garotinho insinuando que o governador teria "cedido ao populismo". A prefeita agiu com má fé ou desinformação? Afinal há mais de 20 anos o programa Renda Mínima foi apresentado pelo senador petista Eduardo Suplicy e antes disso, na década de 80, Cristóvam Buarque já propunha o Bolsa Escola embrião do Bolsa Família implementado pelo Governo Federal.
Não vamos aqui incorrer no mesmo erro e reclamar a "paternidade" dos programas, mas saudar a inciativa do Governo do Estado do Rio de Janeiro por ter dado esse importante passo com o objetivo de erradicar a miséria.
Levar claque para cerimônias oficiais é uma postura nefasta e demonstra o tipo de política que esse grupo está acostumado a fazer e estimular.





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