sexta-feira, 4 de março de 2011

Não dá para fingir que não vê



Foi lançada no último dia 25 de fevereiro pela Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) a campanha de carnaval para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. 
Poucos dias antes, a prostituição de meninas na BR 1001 em Campos foi flagrada em um telejornal. As meninas ficam às margens da rodovia onde fazem programas e consomem drogas.

A violência e o abuso  sexual contra crianças e adolescentes é um assunto para o qual não se pode fechar os olhos, é preciso que não se olhe com naturalidade,especialmente, no caso da exploração sexual.
Não podemos banalizar o problema, deixando que passe despercebido ou como se não fosse um problema de todos.

A nova campanha, não por acaso lançada próximo ao período do Carnaval, tem foco nos homens. Foi utilizado o símbolo da bola para dialogar com o público masculino que ainda é predominantemente o agressor sexual mais observado, tanto no abuso sexual quanto na exploração sexual.

A questão do abuso e da exploração sexual contra crianças e adolescentes foi tema de uma audiência pública na Câmara Municipal de Campos em maio de 2010. A partir dessa audiência, foi formada uma comissão para acompanhar as investigações do caso conhecido como “As meninas de Guarus”, junto ao promotor Leandro Manhães.

No dia três de janeiro de 2011, foi enviado ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, um ofício pedindo providências para que o caso fosse investigado com mais celeridade e no dia treze do mesmo mês foi enviado ao Procurador Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos, pedido para a instauração de incidente de deslocamento de competência do inquérito, para que as investigações possam ser concluídas e os culpados punidos.

Estes requerimentos foram motivados pela extrema demora das investigações, já que até hoje só o aliciador foi preso. 
O primeiro passo é fazer a denúncia e para isso existe o Disque 100, que agora funciona 24 h, tendo em vista que grande parte dos casos ocorre à noite.  Façamos nossa parte, o problema é de todos.

Artigo publicado no Jornal Folha da Manhã de 4 de fevereiro de 2011

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