sábado, 27 de agosto de 2011

Fortalecimento da autonomia das mulheres e erradicação da pobreza





A vereadora Odisséia participou da III Conferência Municipal para Mulheres de campos dos Goytacazes que teve como objetivo discutir e elaborar políticas públicas voltadas à construção da igualdade, como perspectiva de fortalecimento da autonomia econômica, cultural e política das mulheres.

A conferência aconteceu no auditório da Santa Casa de Misericórdia de Campos nos últimos dias 22 e 23. Na terça-feira a vereadora foi a palestrante com o tema "Igualdade de Gênero na Perspectiva do Fortalecimento da Autonomia das Mulheres e Erradicação da Pobreza.

Abaixo o artigo de Odisséia Carvalho publicado na sexta-feira (26 de agosto) no jornal Folha da Manhã.

Uma das metas do governo da presidenta Dilma Rousseff é a erradicação da pobreza extrema no Brasil. O Plano Nacional de Erradicação da Pobreza Extrema tem três grandes eixos de atuação a universalização do acesso aos programas de transferência de renda; a ampliação e a qualificação dos serviços públicos; e a chamada inclusão produtiva, para capacitação de mão-de-obra.

É inegável a diminuição da pobreza no país a partir de 2003, quando o Brasil tinha 49 milhões de pobres, majoritariamente mulheres. Atualmente este total foi reduzido para 28,8 milhões de brasileiros e brasileiras saindo da pobreza, considerando-se como pobres aqueles que ganham até meio salário mínimo por mês.

Quando se fala em erradicar a pobreza extrema não é possível deixar de lado o que chamamos de “feminização da pobreza”. A feminização da pobreza é um processo que se observa, sobretudo a partir da implantação de políticas neoliberais na economia mundial, favorecendo a distribuição desigual da riqueza. 

Observa-se um crescente aumento na proporção de famílias chefiadas por mulheres bem como o crescimento da taxa de participação das mulheres em diversos setores da produção,sem que contudo esse aumento se reflita em salários iguais aos dos homens.

É preciso especial atenção por parte dos responsáveis pela definição de políticas na determinação da alocação de recursos a favor da eqüidade de gêneros ou de medidas de luta contra a pobreza já que aí se caracterizam dois fenômenos inaceitáveis: a pobreza e a desigualdade de gênero, tornando as mulheres e seus filhos os “mais pobres entre os pobres”.

Entre os grandes desafios estão a erradicação da miséria e o combate a feminização da pobreza a partir da autonomia, independência econômica e empoderamento das mulheres. Para tanto é fundamental a igualdade de salários entre homens e mulheres além da qualificação das mulheres para ocupar mais postos de trabalho além da abertura de crédito especial para as mulheres tanto no campo quanto na cidade.




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