Hoje tratamos de um assunto de interesse não só dos profissionais da educação, mas de toda população. A campanha “Fechar Escola é Crime” foi liderada pelo MST e tratava do fechamento de mais de 24 mil escolas no campo nos últimos oito anos. A maioria delas escolas municipais espalhadas por todo país, no entanto a intenção é envolver o Ministério da Educação nessa questão, tanto em relação à estruturação das escolas quanto à exigência e a cobrança para que as prefeituras não mais fechem escolas.
A luta hoje saiu do campo e chegou à área urbana. No estado do Rio de Janeiro alunos, professores e funcionários se mobilizam contra o anúncio do fechamento de 48 escolas estaduais noturnas.
Não se pode admitir o fechamento de escolas em qualquer nível de ensino. Com o fechamento dessas 48 unidades escolares vários adultos e jovens trabalhadores vão ficar sem escola ou terão que se deslocar para longe de suas casas ou do local onde trabalham. Muitos terão que desistir de estudar porque não terão condições de chegar a tempo.
Um grupo de alunos fez um vídeo com o título de “Barrando Sonhos” e divulgou na internet. Para esses adultos e jovens a EJA é a única chance de estudar, de sonhar com uma vida mais digna, de conseguir capacitação para o mercado de trabalho.
Não adianta o aumento das vagas nas universidades públicas se na formação básica as vagas encolherem em vez de crescerem, como esses alunos vão conseguir chegar ao ensino superior? Com essa atitude o governo do estado está negando um direito básico que é o acesso à educação.
Escola não é empresa e como tal não pode ser gerida sob a lógica da quantidade, do que dá lucro ou prejuízo. O maior investimento que se pode e deve fazer é a educação dos cidadãos que aqui vivem. O SEPE, sindicato que representa os profissionais da educação vem promovendo uma série de atos e mobilizações contra o fechamento em massa em escolas estaduais em vários municípios, bem como a municipalização do ensino fundamental II (do sexto ao nono ano).
A campanha “Fechar escola é Crime” tem o objetivo de defender que a educação pública seja um direito de todos os trabalhadores. Para que isso se concretize, é importante mobilizar comunidades, movimentos sociais, sindicatos, enfim toda a sociedade para se indignar quando uma escola for ameaçada de fechamento e lutar para mudar esta realidade. Muitas pessoas não sabem o que está acontecendo, para isso a divulgação tanto nas ruas quanto nas redes sociais, por e-mails, blogs e na imprensa é de fundamental importância.
Artigo publicado no jornal Folha da Manhã de hoje.
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