terça-feira, 28 de junho de 2011

Juiz determina que famílias de trabalhadores sem terra desocupem estrada pública municipal


Trabalhadores rurais sem terra do acampamento 17 de Abril, próximo à Guandu receberam com surpresa e indignação a ordem de desocupação da área onde estão acampados,  uma estrada pública municipal.


A luta dos trabalhadores é antiga em novembro de 2010 uma comissão procurou a Câmara em busca de ajuda para provar através de mapa que a área era pública, pois na ocasião o Juiz Paulo César Vilela havia determinado que deixassem a área. Os detalhes aqui.

Depois de provarem que a área era pública os trabalhadores permaneceram no acampamento até que foram surpreendidos hoje pela manhã com a presença de força policial para a realização de reintegração de posse pedida pela Usina Açucareira Barcelos que não é proprietária da área, conforme sentença definitiva de que as famílias não se encontravam na área da referida Usina, mas em área pública. Dessa vez as famílias sequer foram avisadas previamente e nem foi dado um prazo para desocupação.

A liminar foi expedida pelo juiz da 1ª Vara Federal de Campos Helder Fernandes Luciano.As famílias retiradas estão sendo levadas pela coordenação do movimento para a Fazenda Arroz Dourado, onde fica o acampamento Madre Crisitina, próximo a Seis Marias, em Campos.

As 42 famílias, sendo 50 crianças, foram retiradas de forma arbitrária, as plantações foram completamente destruídas com um trator. Os caminhões usados para transportar os móveis e material das barracas eram da Usina Barcelos.

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