Artigo Publicado na edição de hoje da Folha da Manhã
Nos últimos anos, a política de Campos tem vivido os momentos mais trágicos de toda a história da cidade. Uma tempestade de denúncias sobre corrupção e abuso do poder econômico, operações policiais e decisões judiciais que indicam que a política campista está muito doente.
Diariamente sou indagada: “- E agora vereadora, o que vai acontecer? Mudam os prefeitos, mas continua a mesma vergonha!” Respondo que ao invés do desânimo o que temos que ter é coragem e esperança, é um modo de fazer política que está moribundo e agonizante.
A obscuridade dos gastos públicos municipais, os valores escandalosos e a falta de publicidade eficiente dos atos administrativos, tais práticas têm que morrer.
O escárnio com a educação municipal, o abandono e fechamento de escolas, o loteamento clientelista dos cargos de direção de escolas, as escancaradas manipulações das firmas terceirizadas, contratos suspeitíssimos, estas práticas devem ser extintas.
A precarização do atendimento de saúde, os vergonhosos contratos de aluguel de ambulâncias, o abandono do Programa Saúde da Família estas escolhas são insustentáveis.
O desordenamento do espaço público, o trânsito caótico, os riscos para pedestres, a falta de apoio para os ciclistas, o enfeiamento da cidade, a sujeira e o total abandono das praças, obras superfaturadas que são feitas, refeitas e ficam mal feitas, este modo de gestão está no fim.
Nós queremos construir o novo, mas este novo projeto para a cidade não será efetivado pelos grupos que têm compactuado com os métodos perversos que têm dominado a política municipal nas últimas décadas. Na sua história secular, os campistas demonstraram o seu vigor na luta contra abusos dos poderosos. Desafiaram uma das famílias nobres mais poderosas de todo o Império Colonial Português. Lutaram contra a mais renitente elite escravagista do país. A nossa tarefa agora é libertar a nossa cidade do perverso legado político do Garotismo.
Um comentário:
Parabéns pelo texto vereadora, ele causa esperancas em nós que o lemos. O desafio agora é como vamos preencher essas palavras. Só a nossa acao poderá dizer se essas palavras sao cheias ou vazias.
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