Nos últimos dez dias a tragédia das enchentes na região serrana do Rio de Janeiro ocupou espaço na mídia e no coração de milhões de brasileiros.
As causas e as responsabilidades pela tragédia foram amplamente discutidas, o que é mais que correto é necessário e urgente. Logo nas primeiras horas chamou atenção a solidariedade do povo desse estado e de todo o país.
Em meio ainda à chuva e lama, vizinhos e parentes ajudavam a resgatar vítimas dos escombros, arriscando muitas vezes as próprias vidas para salvar outras. Casas em locais menos perigosos serviram de abrigo para várias pessoas, famílias inteiras foram acolhidas enquanto aguardavam a ajuda para a ida para os abrigos oficiais.
Foram anunciadas medidas como a criação de um sistema de prevenção a catástrofes, liberação de verbas para ações imediatas de socorro, aluguel social, distribuição de cestas de alimento, criação de um comitê para proteger crianças e adolescentes vítimas da tragédia, entre outras ações. Nesse momento todas as esferas de poder têm como obrigação agir conjuntamente como acontece agora, no entanto a atuação dos voluntários é fundamental.
Em nossa cidade foram organizados postos de arrecadação em diversos locais, como quartéis dos bombeiros e polícia, associações, igrejas, partidos políticos e condomínios. É preciso que a mobilização continue, pois o número de desabrigados é muito grande e, passadas as primeiras semanas, a cobertura por parte da imprensa diminui, mas a as pessoas continuam a necessitar de ajuda.
A arrecadação de roupas, calçados, alimentos, água e artigos de higiene pessoal tem sido grande, no entanto a ajuda precisa ser mantida, pois milhares de pessoas vão precisar de doações principalmente de alimentos por muito tempo. O que parece muito na verdade atende à necessidade por algum tempo apenas, já que a população de sete municípios foi afetada. A participação de todos é fundamental para diminuir o sofrimento de milhares de pessoas, façamos então nossa parte.
Artigo publicado hoje no jornal Folha da Manhã
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