Nos últimos dias os programas eleitorais na TV ganharam cores mais fortes, um tom agressivo por parte de alguns candidatos e quem mais sofre com isso é o eleitor que de uma hora para outra vê saírem de cena as propostas e se depara com um festival de baixarias.
As pesquisas eleitorais devem ter desencadeado essa tentativa desesperada de mudar o cenário, já que os números são francamente favoráveis à candidata do PT. O alvoroço no ninho demotucano transformou o espaço da TV num ringue onde as regras do bom tom, da civilidade e do jogo democrático são desrespeitadas.
Mais uma vez os setores conservadores se unem numa tentativa clara de desmoralizar o partido do presidente da república que encerra o mandato com índices de popularidade jamais vistos no Brasil. Para isso, são capazes de forjar a quebra de sigilo fiscal de um grupo de pessoas ligadas ao PSDB com o apoio amplo da Rede Globo que a despeito da Lei Eleitoral, favorece claramente o candidato tucano.
O Movimento dos Sem Mídia fará uma representação junto à Justiça Eleitoral já que às concessões públicas de rádio e TV são vedadas de manifestarem opinião favorável a um dos candidatos no processo eleitoral de 2010. A emissora está tendo uma postura ILEGAL e o mais grave é que o candidato beneficiado disputa o cargo máximo do poder executivo no país.
Na representação vai ser questionado o não cumprimento do artigo 45 da Lei Federal nº 9.504, promulgada em 30/09/1997 e conhecida como Lei Geral das Eleições, que determina:
– A partir de 1º de Julho do ano da eleição, é vedado às emissoras de rádio e televisão, em sua programação normal e noticiário:
III – veicular propaganda política ou difundir opinião favorável ou contrária a candidato, partido, coligação e aos seus órgãos ou representantes;
IV – dar tratamento privilegiado a candidato, partido ou coligação;
O comportamento da Rede Globo já era previsto, como ficou claro durante a entrevista ao vivo no principal jornal da emissora carioca, onde a líder nas pesquisas Dilma Rousseff era impedida de concluir suas respostas.
A emissora do Jardim Botânico tem em seu histórico uma sucessão de tentativas de golpe entre eles o chamado “Escândalo do Proconsult” em que tentava minar a eleição de Leonel Brizola ao governo do Estado do Rio de Janeiro em 82. A estratégia na época foi desmontada pela atuação do partido do ex-governador o PDT e pelo saudoso Jornal do Brasil.
Hoje as chamadas novas mídias estão atentas e veículos como a Rede Globo e a Revista Veja têm suas práticas nefastas postas a nu por blogs, microblogs e redes sociais, mas é preciso ir mais longe e para isso a ONG MSM vai exigir da Procuradoria Geral Eleitoral – PGE e pelo TSE – Tribunal Superior Eleitoral que a Lei Eleitoral seja cumprida. A democracia não pode ser violentada por essas práticas. Eleições limpas se ganham nas urnas.
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