Nós mulheres somos maioria no Brasil que é a 8ª economia mundial, no entanto em relação à representação política, estamos em 106º lugar em termos de participação política das mulheres.
Na Câmara Federal não somos nem dez por cento das 513 cadeiras, na Câmara Municipal de Campos a proporção é um pouco maior, mas não chegamos a vinte por cento.
Três estados brasileiros não elegeram mulheres em sua bancada federal e oito partidos, dos 22 com representação na Câmara dos Deputados, também não têm nenhuma mulher eleita, no senado são apenas dez mulheres atualmente.
Em 1996 conseguimos aprovar a política de cotas que determinava que os partidos deveriam inscrever vinte por cento de mulheres, no mínimo, nas chapas proporcionais, no ano seguinte o sistema foi ampliado para trinta por cento. Na ocasião choveram críticas, mas a medida foi muito importante para o aumento do número de parlamentares.
No movimento sindical a implementação da política de cotas aliada a outras políticas de gênero tem sido importante para garantir o avanço da luta das mulheres trabalhadoras e na construção de uma cultura na divisão igualitária nos espaços de poder.
A presidenta Dilma Rousseff tem cumprido as promessas de campanha, e além de ampliar significativamente o número de mulheres em postos chave tem investido em políticas públicas que contemplam as causas das mulheres como o aumento do número de creches e a criação da Rede Cegonha composta por um conjunto de medidas para garantir a todas as brasileiras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendimento adequado, seguro e humanizado desde a confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal e o parto, até os dois primeiros anos de vida do bebê.
Em Campos ainda aguardamos a implementação da Coordenadoria da Mulher que foi discutida em audiência pública com a presença da então Ministra Nilcéa Freire e posteriormente aprovada por unanimidade na Câmara de Vereadores, embora tenhamos como chefe do executivo municipal uma mulher. Além de aumentarmos a participação de mulheres nos espaços decisórios é fundamental que quando eleitas as mulheres abracem às causas da luta feminina.
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